O Brasil se destaca como o primeiro país da América do Sul a implementar um piloto da semana de trabalho de quatro dias, envolvendo 19 empresas e 252 colaboradores. Os dados preliminares revelam que 97% dos trabalhadores participantes desejam continuar com a jornada reduzida, destacando aumento da produtividade e diminuição da ansiedade como principais benefícios. Este projeto é uma colaboração entre 4 Day Week Global, Boston College, Reconnect Happiness at Work e a EAESP-FGV.

Durante os seis meses de teste, com uma redução de 20% na carga horária e manutenção dos salários, a grande maioria dos trabalhadores relataram melhorias na execução dos projetos e no cumprimento de prazos. Além disso, 80,7% dos participantes observaram um impacto positivo na criatividade e inovação. A saúde mental também foi beneficiada: 8 em cada 10 funcionários sentiram mais energia para suas tarefas diárias, e quase 46% relataram uma redução na sensação de desgaste no final do dia, enquanto 30,5% experimentaram menos ansiedade.

A iniciativa da semana de quatro dias não é exclusiva do Brasil. Desde 2019, o projeto 4 Day Week, iniciado na Nova Zelândia, se expandiu rapidamente para diversos países da Europa, África e Américas. Atualmente, quase 500 empresas ao redor do mundo testam essa modalidade de jornada, conhecida como 100-80-100, onde os trabalhadores recebem 100% do salário, trabalham 80% do tempo e mantêm 100% de produtividade.

O SEAAC incluiu a cláusula de implementação do sistema 100-80-100 em suas pautas de reivindicações, promovendo debates e avanços nesse sentido nas mesas de negociações.

Essa mudança representa um passo significativo para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e aumentar a eficiência das empresas, conforme demonstrado pelos resultados positivos obtidos até o momento.