Com exceção de poucos sindicatos patronais, a pandemia tem sido usada como justificativa na mesa de negociação, para a não concessão de reajuste salarial e de benefícios.
Mesmo compreendendo o impacto na atividade econômica, durante a pandemia, várias categorias de nossa representação passaram a ter aumento da demanda de trabalho e os trabalhadores apresentaram maior produtividade, possibilitando que as empresas atingissem resultados satisfatórios.
A ausência de reposição salarial não se justifica, mesmo no cenário da pandemia, pois além da perda salarial no transcorrer do ano, o momento é de aumento de preço dos itens básicos de consumo, o que reforça a necessidade da correção dos salários e benefícios.
Continuamos lutando por melhores salários e condições de trabalho nas várias rodadas de negociação com os sindicatos patronais, buscando encontrar saídas para a pactuação das novas Convenções Coletivas, porém, sendo necessário, recorreremos ao judiciário para garantir que salários e benefícios sejam corrigidos.
Por outro lado, estamos à disposição das empresas para formalizar acordos coletivos diretos, onde buscamos a manutenção das cláusulas da Convenção anterior, aplicando correção nas cláusulas econômicas em patamares que possibilitem a recuperação da inflação do período e a manutenção do poder de compra dos salários, o que, de fato, não gera impacto na administração financeira das empresas e evita a criação de passivos, que se alongam com a morosidade da justiça.
Sem dúvida, o Acordo Coletivo direto com a Empresa é uma alternativa muito interessante, pois possibilita o fim das incertezas e gera segurança jurídica e tranquilidade para que o foco seja a atividade econômica de cada empresa.