Faltando poucos dias para a escolha de quem será o próximo Presidente do Brasil, todas as pesquisas de intenção de voto para este segundo turno apontam que teremos pela primeira vez na história uma mulher à frente de nosso país. Se analisarmos o passado recente, a mulher não tinha sequer o direito ao voto. A desigualdade em relação à mulher ocupava todos os espaços da sociedade, na família, com a submissão primeiro ao pai e depois ao marido, no mercado de trabalho, com salários e condições inferiores ao do homem. Com a revolução feminista da década de 70, com as lutas e com a maior escolarização feminina passaram a ocupar espaço antes reservado somente aos homens, estando à frente de famílias, grupos de trabalho, no esporte, na mídia e comandando grandes empresas. Na política observa-se também que as mulheres passaram a ocupar os maiores cargos eletivos como aconteceu na América do Sul com o Chile no passado próximo com Michelle Bachelet, acontece atualmente na Argentina com Cristina Kirchner e em todo o mundo. A possível eleição de Dilma Roussef poderá representar para o Brasil um marco histórico na ascensão feminina, o que terá reflexo em toda a sociedade, pois com a sensibilidade característica das mulheres à frente do poder, poderá proporcionar uma sociedade mais sensível à vida com equilíbrio entre o desenvolvimento e as necessidades principais do ser humano.