No último sábado (14/06), as ruas centrais de Presidente Prudente foram palco da VI Caminhada Contra o Trabalho Infantil, uma importante mobilização social que reuniu cerca de 1.700 pessoas em defesa da infância. O evento teve como objetivo sensibilizar a população sobre os danos causados pelo trabalho precoce e a necessidade de erradicar essa grave violação de direitos humanos.
Com início na Praça da Bandeira e encerramento na Praça 9 de Julho, a caminhada foi realizada em alusão ao Dia Municipal, Nacional e Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho. Ao final do trajeto, o público teve acesso a uma série de serviços gratuitos, como vacinação contra gripe, aferição de pressão arterial, teste de glicemia, cuidados com a pele, orientação sobre saúde bucal, além de atividades educativas, apresentações culturais e ações de conscientização.
A cada criança impedida de viver plenamente sua infância, o país perde em cidadania, em educação e em desenvolvimento humano. Por isso, o SEAAC e o Conselho Intersindical não poderiam deixar de estar presentes nesta mobilização, somando forças na defesa de um futuro mais digno e justo para nossas crianças.
A participação das entidades sindicais reforça o papel dos sindicatos na luta por direitos e na promoção de políticas públicas que enfrentem as desigualdades e protejam a infância.
A caminhada foi organizada pelo Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Presidente Prudente (FPETI-PPR), que reúne o Ministério Público do Trabalho, a Justiça do Trabalho, a Gerência Regional do Trabalho, o Conselho Intersindical, entre outras instituições, e contou com o apoio da Prefeitura Municipal e de diversos órgãos e entidades da rede de proteção.
Segundo a PNAD Contínua de 2023, divulgada pelo IBGE, o Brasil ainda possui mais de 1,6 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil, sendo 586 mil submetidas às piores formas de trabalho infantil — o que reforça a urgência de ações de mobilização e enfrentamento ao problema.
“Combater o trabalho infantil não é apenas uma responsabilidade do poder público, mas um dever coletivo. Precisamos seguir atentos e ativos para garantir que nossas crianças tenham acesso à escola, ao lazer e a uma infância protegida”, concluiu Paulo de Oliveira.